POR RELAÇÕES SAUDÁVEIS E RESPEITOSAS DENTRO DA FUNDACENTRO!

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O Sindsef-SP realizou reunião com a Presidência da Fundacentro para tratar dos diversos problemas que atingem o a Instituição, em particular grande descontentamento por parte dos servidores com a falta de diálogo e a imposição de mudanças organizacionais inadequadas, e atitudes que por parte da gestão que podem ser caracterizadas como assédio moral. Além desse ponto, também foram tratados temas relacionados à segurança do prédio da sede (Centro Técnico Nacional -São Paulo/SP) e das unidades descentralizadas e relacionados ao Teletrabalho.
Expusemos que nos parecia estranho (e perguntamos se eles também achavam) que na alta cúpula da Fundacentro tenha apenas um servidor “da casa”, apesar do alto nível dos servidores de um modo geral.
Entendemos que a origem do problema que os servidores enfrentam se deu quando os gestores indicados pelo atual governo “resolveram” mudar a missão institucional da Fundacentro, sob a alegação que a instituição estaria em uma lista de instituições que poderiam ser extintas, e que, portanto, se justificavam as mudanças; com isso a Fundacentro, cuja missão histórica de difundir conhecimento em Segurança e Saúde no Trabalho, passaria também a atuar, com sua “reestruturação”, para reduzir o “Custo Brasil”, uma obsessão neoliberal que pode significar a piora nas condições de segurança e saúde dos trabalhadores.
Evidente que se trata de uma mudança drástica, ideológica e profunda e que, para ser implantada, deveria quebrar a natural resistência dos servidores. E para isso foi necessário utilizar da imposição, da ameaça, sem diálogo, sem a participação efetiva dos servidores.
Na avaliação do Sindsef-SP, o que está ocorrendo na Fundacentro pode ser caracterizado como assédio moral institucional, provocando inclusive o aumento no adoecimento dos trabalhadores que vem sendo relatado. Destacamos que, questionada a respeito do número de afastamento decorrente da saúde mental dos servidores, a instituição se negou a repassar a informação.
Como era de se esperar, não houve consenso sobre este diagnóstico com a Direção da Fundacentro. De todo modo, a atual presidente afirmou que está disposta a dialogar com os servidores e o Sindsef se dispôs a buscar ferramentas para que os mesmos possam expressar seu descontentamento, suas opiniões e propostas de mudança.
Apesar disso, o comportamento de muitos dos componentes da alta cúpula, presentes na reunião, foi de negação e confronto.
Os servidores querem dialogar, apresentar suas propostas e contribuir para que a Fundacentro retome o seu objetivo primordial, que é a pesquisa buscando a melhoria das condições de saúde dos trabalhadores.
Esperamos que a direção da Fundacentro realmente esteja aberta, inclusive a ouvir as críticas, para reestabelecer as condições de trabalho, acabar com distorções e com o assédio, buscando recompor a instituição, que foi devastada, em especial nos últimos 4 anos.
Se há, de fato, a intenção da Presidente de estabelecer este diálogo, não é aceitável o que ocorreu na reunião entre a direção e os servidores que foram apresentar alguns resultados do relatório elaborado pela CISSP… esse comportamento só reforça e comprova o que estamos dizendo. Também nos parece inadequado que uma série de Comissões da Instituição sejam sempre “coordenadas” e tuteladas por membros da direção; talvez a direção não saiba ou não perceba, mas devido ao pesado clima institucional, isso constrange os servidores participantes.
Repetimos, atitudes como as tomadas na reunião só reafirmam as deformações no trato com os servidores, e reforçam a urgente necessidade de um diálogo saudável.
Sobre as condições de segurança e sanitárias do Prédio:
Resumidamente, após narrarmos os problemas que nos chegaram, alguns debates quanto à real situação do prédio e da preocupação a respeito dos diferentes pareceres técnicos com diagnósticos conflitantes. A presidente da Fundacentro afirmou que não há risco aos servidores que estão no trabalho presencial, que as reformas estão sendo realizadas conforme a prioridade estabelecida, e que as condições de trabalho seriam garantidas, minimizando o incômodo com as reformas. Porém, ontem, 22/09, recebemos relatos de que o prédio ficou sem água durante boa parte do dia.
Também neste caso o Sindsef se posiciona pela busca do diálogo entre a Administração e os servidores para que as condições de trabalho adequadas sejam garantidas. Estamos à disposição dos servidores para que se garanta o acordado.
Sobre o Teletrabalho e as ferramentas de avaliação:
Apresentamos, também neste tópico, algumas preocupações e reivindicações dos servidores quanto à metodologia de se avaliar as atividades dos servidores, e a possibilidade de que esta metodologia possa trazer prejuízos financeiros, o que nos parece totalmente absurdo, visto a novidade da situação para todos.
Ao contrário do relatado pelos servidores, a Direção da Fundacentro afirmou que a implantação do teletrabalho foi realizada com muito cuidado, ouvindo os diversos setores, e com regras semelhantes, e até mais flexíveis que as implantadas no IPEA. Também afirmaram que os servidores poderiam fazer sugestões quanto aos diversos critérios estabelecidos, e que ainda estão abertos a estas sugestões. Evidentemente que estes critérios são bastante específicos para cada setor, função ou atividade e devemos, também neste caso, buscar formas de negociação com a direção da Fundacentro, sempre no sentido do equilíbrio, considerando e respeitando as particularidades dos servidores com a adaptação a esta nova realidade.
Esta reunião, como não poderia ser diferente, serviu para expormos os principais problemas apontados pelos servidores, e para buscarmos estabelecer um compromisso da atual direção em se pautar pelo diálogo, algo que que não vinha ocorrendo nos últimos anos, como já expusemos. Cabe a nós, organizarmos nossas reivindicações em um documento para que possamos passar da intenção à prática de uma verdadeira negociação. O Sindsef deve ser usado pelos servidores para isso.

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