Presidente Dilma, queremos educação, não queremos camburão!

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Presidenta Dilma,

 

Os estudantes da UNIFESP/Guarulhos estão em greve desde o dia 22 de março. As reivindicações desses alunos são por melhorias que garantam uma universidade pública de qualidade.

No dia 14 de junho, a Polícia Militar promoveu, mais uma vez, uma manifestação inequívoca de que se orienta pela criminalização dos movimentos sociais e de todos os que lutam por um país melhor, ao prender e indiciar mais de 20 estudantes que democraticamente utilizavam do constitucional direito à livre manifestação.

Esta situação nos remete aos anos duros da ditadura, onde Vossa Excelência foi vítima das barbaridades e atrocidades daquele regime autoritário. É inadmissível que aqueles que lutam por uma educação melhor, como a luta travada neste momento pelos filhos da classe trabalhadora, sejam tratados como criminosos pelas mãos de um governo que se diz democrático.

Este movimento reivindicatório tem enfrentado a intransigência de uma reitoria, representada pela pessoa do senhor Walter Manna Albertoni, que se mostra incapaz de estabelecer o diálogo, acirrando ainda mais os ânimos.

A UNIFESP, um órgão público federal, abrigou em suas dependências uma ação violenta, promovida por força de segurança pertencente à esfera estadual, portanto, de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo.

Este fato nos leva a crer que existem duas hipóteses: uma aliança entre os governos federal e estadual nessa política de criminalização ou a total incapacidade de um reitor e de um diretor acadêmico de garantir um processo de negociação efetivo que resolva o conflito instalado.

Segundo a reportagem exibida pela Rede Globo em seu jornal Bom Dia Brasil, edição do dia 15/06, a direção da universidade informou que não teria sido a responsável pelo chamado a polícia. Isto revela que esta adentrou o campus, de um órgão federal, e agiu violentamente sob a completa omissão daquela direção, que demonstrou conivência com os atos violentos praticados e absoluta incapacidade para dirigir qualquer órgão público.

Repudiamos as atitudes antidemocráticas ocorridas no Campus da UNIFESP de Guarulhos realizadas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo e as ações praticadas pelo reitor que divulga fatos em nota oficial, não condizentes com a verdade, com o objetivo de criar embustes para criminalizar o movimento estudantil. As imagens divulgadas pela imprensa deixam claro que o que imperou no lugar da negociação, foi a truculência e o uso abusivo das forças repressoras do estado.

Registramos nosso apoio incondicional ao movimento nacional dos docentes que estão em greve em mais de 50 das 59 universidades federais, dos estudantes que estão em greve em diversos estados e dos funcionários. O centro das reivindicações apresentada por esse segmento se refere à melhoria da universidade pública em nosso país.

Nós, trabalhadores e trabalhadoras, organizados pelas entidades abaixo assinados, vimos, pelo presente, requerer medidas urgentes e imediatas que resolvam o conflito instalado entre estudantes e a reitoria da UNIFESP/SP. 

– Exigimos apuração imediata da ação violenta ocorrida dentro do Campus da Unifesp Guarulhos no dia 14/06 e punição implacável dos responsáveis.

– Pelo imediato atendimento das reivindicações dos estudantes que tem como objetivo garantir uma educação pública, gratuita, estatal e de qualidade.

– Pelo imediato arquivamento de todos os processos policiais, judiciais e administrativos abertos contra os estudantes!

– Não à criminalização daqueles que lutam!

Queremos educação, não queremos camburão!

SINDSEF-SP

 

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