O Conselho Deliberativo do Sindsef-SP realizou a primeira reunião de 2023 no dia 01/02. Na pauta breve análise de conjuntura, congresso do Sindsef-SP, campanha salarial e informes dos órgãos.
Luis Genova, servidor do Ipen e secretário geral do Sindsef-SP, abriu o debate sobre conjuntura lembrando que apesar da derrota eleitoral de Bolsonaro, a extrema direita golpista ainda está empenhada em gerar instabilidade no país e com isso criar condições para tentar um golpe militar no futuro.
As ações violentas vistas no dia 8 de janeiro, que contestavam o resultado das eleições e pediam intervenção militar; a atuação nas redes sociais, inclusive convocando nova manifestação; os rumores de que essas ações ainda contam com apoiadores e, quem sabe, até incentivadores nas forças armadas, demonstram que será necessário inserir o movimento sindical e social nessa batalha para combater e derrotar a extrema direita. “Não podemos deixar nas mãos das instituições burguesas”, comenta Genova.
O alívio com o fim do governo Bolsonaro traz um clima de normalidade ao cenário político. No entanto, é preciso ir além, pois o momento atual, por si só, não garante o fim das desigualdades que assolam o povo trabalhador. Genova defende a distribuição de riqueza como forma de atacar diretamente essa situação.
Nesse contexto, mesmo dentro do capitalismo, uma forma de minimizar essa desigualdade é investir em serviços públicos de qualidade, como saúde, educação, segurança e moradia.
Nosso papel vai ser construir um processo de luta forte por reajustes salarial, pela revogação das reformas trabalhistas e previdenciária, em defesa dos serviços e dos servidores públicos.
27º Congresso do Sindsef-SP
Nos dias 03 e 04 de março ocorre o 27º Congresso Estadual do Sindsef-SP. O evento será presencial, na capital paulista. Entre os dias 07 e 16 de fevereiro serão realizadas as assembleias para eleger a delegação que participará do evento.
Campanha salarial
O reajuste salarial previsto no Orçamento Geral da União de 2023 para os servidores do Executivo é de somente 9%. Índice muito aquém das perdas salariais acumuladas nos últimos seis anos.
No próximo dia 07/02, será instalada a mesa de negociação permanente com o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe). As entidades acreditam ser possível assegurar uma reposição emergencial que considere as perdas acumuladas e leve em conta o congelamento salarial sentido no bolso da maioria do funcionalismo.
Diante da situação salarial acachapante, a mobilização para reverter essa situação precisa ser forte e unificada, sem prejuízo da instalação da mesa setoriais para tratar questões específicas de cada carreira.
Um novo ano sempre traz novos desafios. Um novo governo idem. E 2023 não vai ser diferente. Ou seja, não basta ter elegido Lula, se não houver luta nada vai mudar. É preciso manter independência do governo e colocar os interesses dos trabalhadores em primeiro lugar.