Sinto pena de ti, pequeno burguês.
Te venderam um sonho e tornastes freguês.
Contaram que não seria preciso agir com solidariedade, ser cooperativo ou desenvolver a sensatez.
E que a sua única missão seria incansavelmente trabalhar, acumular riquezas, sem deixar, ainda, de pagar as contas no fim do mês.
Pois, assim, um dia, talvez não tão antes, enriquecerias de vez.
Mesmo que, antes ou logo após isso,
como a experiência nos diz,
aliás, no mais belo e culto português,
terás infarto, AVC e/ou perda de lucidez.
Alexandre Schnur Gabriel Ferreira
Maio/2021