Sindsef-SP apoia a luta contra o assédio moral e racista praticado na Embraer

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A cruel realidade presente no cotidiano da mulher, em particular da mulher negra, mais uma vez mostra sua face.  Após anos trabalhando para Embraer S.A., em São José dos Campos – SP, em um ambiente hostil, impregnado de ofensas machistas e racistas, a funcionária Telma Cristina de Souza Martimiano, começo a apresentar sintomas acentuados de depressão.

Depois de iniciar o tratamento, a trabalhadora começou a contestar as situações de assédio moral ocorridos na empresa. Em resposta, foi demitida sem justa causa.
A saga de Telma começou no dia 13/04/2005, quando ingressou na empresa, e continuou até ser demitida em 14/07/2009.

Na época, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos desenvolveu uma campanha pela sua reintegração e ingressou, também, com ação trabalhista pleiteando o seu retorno ao trabalho e o pagamento de indenização a título de danos morais e despesas médicas.

Em maio de 2013, foi publicada a sentença de primeira instância reconhecendo o assédio moral praticado, bem como que a depressão era fruto das ofensas praticadas e condenou a Embraer ao pagamento de pensão vitalícia (50% do salário), danos morais, fornecimento de convênio médico e custeio de todos os medicamentos necessários. (Leia a sentença clicando aqui)

A sentença, ainda que insuficiente, pois não concedeu a reintegração, significou uma vitória parcial na luta contra o machismo e racismo, na medida em que responsabilizou a Embraer pelo assédio praticado. Ainda mais se considerarmos o fato que muitas vezes as ações contra a empresa são julgadas improcedentes por “falta de provas”, decorrentes de laudos médicos poucos confiáveis e os limites do Judiciário.

Mas como se podia prever, a empresa recorreu para reformar totalmente a sentença. Assim como o Sindicato para garantir a reintegração da trabalhadora ao emprego. Atualmente o processo encontra-se aguardando julgamento pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região, já tendo havido uma primeira sessão de julgamento que foi suspensa.

Porém, corre-se o sério risco de uma reversão total da sentença em favor da empresa.

O Sindsef-SP manifesta seu total apoio a luta de Telma Cristina de Souza Martimiano, que, durante anos sofreu assédio moral na referida empresa, sendo vítima de machismo e racismo, num ataque que culminou com sua demissão.

O assédio sofrido por Telma é mais um exemplo da opressão que os trabalhadores passam constantemente em seus no locais de trabalho, como parte da super-exploração da classe, em especial as mulheres e negras. Uma ampla divulgação do caso, assim como a manutenção e ampliação da condenação reforçará a luta contra o machismo e o racismo.

 

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