O Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou o dissídio coletivo dos trabalhadores dos Correios na última terça-feira (11). Mesmo sem reconhecer a abusividade da greve, como queria a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT), os ministros autorizaram a descontar no salário dos trabalhadores o equivalente a sete dias de greve. Os demais 21 dias de paralisação devem ser compensados com trabalho extra nos fins de semana com aviso de pelo menos 72 horas de antecedência.
O Tribunal determinou o reajuste de 6,87% retroativo a 1º de agosto e aumento linear de R$ 80 a partir de 1º de outubro. Foi aprovado ainda o vale extra de R$ 575 para dezembro, vale-cesta de R$ 140 e vale-alimentação de R$ 25.
O presidente do Tribunal, João Oreste Dalazen, foi quem decidiu levar o dissídio a julgamento, diante da insistência da empresa e do governo em cortarem os dias parados, e a resistência dos trabalhadores em aceitar tal ataque. É o mesmo juiz que propôs o corte integral dos 28 dias de greve. Após o julgamento, foi determinada a volta ao trabalho a partir desta quinta-feira, (13).
Para o membro da FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios), Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, da oposição à maioria da Fentect, a proposta do TST se limitou à retomar a primeira proposta da empresa, realizada na primeira audiência.