8M: Vamos às ruas por direitos e contra a violência!

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Participe a partir das 17h no vão livre do Masp!

Está chegando o dia 8 de março, Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora. O Sindsef-SP convida servidoras e servidores a participarem do ato público com concentração no vão livre do Masp, a partir das 17h, nesta sexta-feira.

Em defesa da vida de todas as mulheres!

A opressão e a exploração continuam sendo uma realidade na vida das mulheres trabalhadoras em todo o mundo.  No Brasil, a falta de investimento em políticas públicas faz crescer a violência e a desigualdade de gênero, raça e classe.

Chega de estupros e mortes! Não é não!

3 a cada 10 mulheres sofreu violência doméstica

Mais de 25,4 milhões de brasileiras já sofreram violência doméstica, ou seja, 3 a cada 10 mulheres enfrentaram algum tipo de agressão dentro de casa. Quanto menor a renda, maior a chance de a mulher sofrer violência.

Entre as quase 80 mil denúncias de violência contra as mulheres feitas pelo Ligue 180 no ano passado, a maioria foi realizada pela própria mulher em situação de violência. As mulheres negras são principais vítimas.

 São Paulo é o estado com registro de maior número de denúncias contra os direitos das mulheres.

Uma menina ou mulher é estrupada a cada 8 minutos

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), apenas no primeiro semestre de 2023, foram registrados mais de 34 mil estupros, um aumento de 14,9% no mesmo período de 2022. Isto é, a cada 8 minutos, uma menina ou mulher é estuprada no Brasil.

Uma mulher é morta a cada 6 horas

Com relação aos assassinatos de mulheres, foram 1.902 casos, o que representa 2,6% a mais em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizados 1.853 assassinatos.

Ainda não foi divulgado o relatório do FBSP de 2023, mas em 2022, o Brasil teve um aumento de 5% nos casos de feminicídio em comparação com 2021, segundo levantamento do g1. Pelo fato de serem mulheres, 1,4 mil mulheres foram assassinadas – uma a cada 6 horas, em média. Foi o maior número registrado no país desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.

O Sindsef-SP combate todo tipo de violência à mulher. É necessário punir os agressores, e uma real política pública de proteção à mulher, com a construção de mais delegacias da mulher e casas abrigo. As delegacias da mulher precisam funcionar 24 h.

Por uma sociedade sem exploração e sem desigualdade!

A violência sofrida pelas mulheres, em muitos casos, tem sua origem na vulnerabilidade do desemprego ou do trabalho precarizado, ou seja, na dependência econômica. É mais difícil quebrar o ciclo de violência doméstica para aquelas que não têm autonomia e independência financeira.

As mulheres trabalhadoras, especialmente as não brancas, são as mais penalizadas pelo desemprego e pela fome.

Quando conseguem um trabalho, as mulheres acabam ocupando funções que são vistas pela sociedade como menos importantes. São poucas aquelas que conseguem cargos de liderança. Quase metade das mulheres estão na informalidade, o que impede o acesso à previdência e remunerações justas.

As mulheres negras lideram os piores índices de desemprego, remuneração e ocupação em emprego desprotegido (sem carteira assinada e sem direitos).

Há elementos que demonstram o racismo estrutural do Brasil entre as próprias mulheres. As mulheres negras sofrem dupla discriminação: pelo gênero e pela raça. A cada ano, o rendimento médio das mulheres brancas é em torno de 70% maior do que o das mulheres negras.

O Sindsef-SP defende o emprego, com salário digno, direitos sociais e trabalhistas, junto às medidas concretas para o enfrentamento à violência, punição aos agressores e a assistência integral às mulheres vítimas.

Nesta perspectiva, é necessário revogar as reformas trabalhista e previdenciária, a lei das terceirizações, acabar com a informalidade e garantir salário igual para trabalho igual entre todas e todos, independentemente de gênero, cor ou orientação sexual.

Trabalho igual, salário igual!

O Brasil está na 94º posição, dentre o universo de 146 nações, no ranking da desigualdade salarial entre gêneros, no relatório do Fórum Econômico Mundial. Ainda hoje os homens ganham, em média, 17,5% a mais do que as mulheres, segundo o IBGE.

Mesmo após dois séculos da entrada da mulher no mercado de trabalho, há quem pense que sua função na sociedade é apenas cuidar dos filhos e executar o trabalho doméstico.

Assim, a desigualdade de gênero no mercado de trabalho tem relação com a maternidade. A responsabilização exclusiva da mulher no cuidado com os filhos fomenta a discriminação e é usada como argumento para uma menor remuneração salarial, além de reduzir perspectivas do desenvolvimento da carreira profissional.

Creches públicas, gratuitas e de qualidade!

Mãe com criança pedindo ajuda. Foto: Genilson Pessanha

Defender creches públicas significa reconhecer que a maternidade não pode ser da responsabilidade apenas das mulheres, deve ser uma questão colocada para toda a sociedade.

Hoje há pelo menos 2,5 milhões de bebês e crianças à espera de uma vaga numa creche pública, segundo o IBGE.

A falta de creches impõe que as mulheres abandonem o trabalho ou, no caso das mais empobrecidas, deixem seus filhos sob cuidado de outras crianças maiores, quando não é possível deixá-los na casa de parentes, geralmente, com a mãe ou a avó. Essa situação agrava a vulnerabilidade social e afeta principalmente as mulheres e crianças negras.

Basta de assédio moral e sexual!

Nos locais de trabalho, as mulheres enfrentam uma série de assédios morais e sexuais e sofrem com a desconsideração de suas ideias e iniciativas. Algumas silenciam com medo de se expor, perder o emprego e até em consequência dos traumas, mas, a denúncia é muito importante.

A denúncia pode levar à intimidação e à punição dos assediadores, como também, é educativa para que o crime não se repita.

O sindicato é um dos primeiros locais onde a trabalhadora assediada deve buscar orientações de como agir. O Sindsef-SP têm diversos materiais sobre o tema e uma equipe jurídica à disposição de suas filiadas e filiados.

Aborto legal e seguro para não morrer! Educação sexual e acesso a contraceptivos para decidir!

De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional do Aborto (PNA), com dados de 2021, uma em cada 7 mulheres brasileiras entre 18 e 39 anos já fez um aborto. Apenas naquele ano, cerca de meio milhão de mulheres interromperam a gestação no país. Mais de 80% delas têm uma religião, e a ampla maioria delas é católica ou evangélica. Isso mostra que o debate não é sobre religião, porque as mulheres de fé também abortam.

As mulheres precisam de respeito, acolhimento e da garantia do aborto seguro e gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Pelo fim do turismo sexual!

O turismo sexual acontece na medida em que a imagem do Brasil é vendida como um lugar onde se explora os corpos das mulheres. Perpetua-se nos discursos e campanhas publicitárias que associam a mulher sensual, com carnaval e praia, como os maiores atrativos do país.

Para desesteriotipar a imagem de que o país é uma festa e tem sexo fácil. É preciso ir além, com ações concretas, a exemplo de leis para coibir que as agências de viagens e hotéis sejam utilizadas como os instrumentos para fins de satisfação sexual dos turistas e punição aos que abusam de crianças e adolescentes.

A luta contra o turismo sexual é histórica. Faz parte da batalha em oposição à mercantilização dos corpos das mulheres. É preciso muita mobilização para combater essa prática, que explora sexualmente principalmente meninas e mulheres, mas também meninos e homens.

Não ao machismo, ao racismo e à LGBTfobia!

Os dados relativos às mulheres são produtos da desigualdade e da opressão. São reflexos de uma ideologia implementada pelo sistema capitalista de dominação e exploração.

O sistema utiliza todas as outras formas de opressão para dividir a classe trabalhadora e superexplorar parte dela. Por isso, a luta contra as opressões está relacionada à luta contra o sistema que as impulsiona e reproduz.

O machismo, o racismo e a LBGTfobia enfraquecem a unidade necessária para barrar os ataques à todas trabalhadoras e trabalhadores, conquistar direitos e construir uma sociedade verdadeiramente justa, sem explorados/as e oprimidos/as.

Por isso, neste 8 de março fazemos um chamado às servidoras, apoiadas pelos servidores, a se unirem no grande ato público do Dia Internacional da Mulher, a partir das 17h, no vão livre do Masp.

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