Dos 35 sindicatos dos Correios, 23 já estão em greve

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Começou nesta quarta-feira, 19/09, a greve por tempo indeterminado dos Correios. A decisão aconteceu em assembleias realizadas ontem a partir da avaliação de que as propostas apresentadas pela empresa e pelo Governo Dilma estão muito aquém da reivindicação da categoria.

De um lado, os trabalhadores reivindicam aumento de 43,7%, R$200,00 incorporados ao salário, auxílio alimentação de R$35,00, contratação imediata de 30 mil trabalhadores, entre outras melhorias. Do outro, os patrões – depois de 50 dias de negociação – propuseram 3% e 5,2%. Além disso, continuam com o objetivo de retirar direitos dos trabalhadores fazendo mudanças no plano de saúde da categoria.

Segundo membro da Oposição da CSP-Conlutas à FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares), Geraldo Rodrigues, o Geraldinho, “os ditos ‘negociadores’ da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) e do governo demonstraram, mais uma vez, sua total inabilidade em lidar com uma campanha salarial de uma categoria de mais de 120 mil trabalhadores e trabalhadoras”.

Geraldinho informou que, no último dia 13, a ECT, unilateralmente, deu por encerrada a negociação a partir do momento que ingressou com dissídio no TST (Tribunal Superior do Trabalho). “Essa postura comprova que a empresa e o governo Dilma nunca quiseram levar a sério as propostas dos trabalhadores e não querem negociar de fato. Mostra que ambos só queriam enrolar os trabalhadores enquanto preparavam-se para entrar com o dissídio no TST”, enfatiza.

Segundo o membro da Oposição à FENTECT, a empresa justifica ter recorrido ao TST porque considera a greve sem sustentação, já que os sindicatos que pararam primeiro (Minas Gerais e do Pará) não chegam a representar 10% dos trabalhadores dos Correios em âmbito nacional. Hoje, com a adesão dos que deliberaram greve ontem, dos 35 sindicados do país, 23 estão em greve.

Os sindicatos ligados à CSP-CONLUTAS e a FNTC (Frente Nacional dos Trabalhadores dos Correios) fizeram um chamado aos demais sindicatos e correntes políticas que atuam na categoria no sentido de unificar a todos na campanha salarial. “Agora, a luta é para conseguir trazer os 12 que tem assembleias marcadas para o dia 25/09 a anteciparem a suas assembleias e decretar a greve”, explica Geraldo Rodrigues.

 

Audiência de conciliação

Nesta quarta-feira aconteceu uma reunião de conciliação no TST, e a expectativa da categoria era de que a empresa mudasse a sua postura e apresentasse uma proposta que traga aumento real para a categoria além de manter as suas conquistas.  Porém, segundo informações já veiculadas na imprensa, a audiência não foi bem sucedida. O secretário geral da Fentect, Edson Dorta, avaliou que os Correios demonstraram sua posição “intransigente”.

A ECT rejeitou a proposta de reajuste salarial de 5,2% mais aumento linear para todos os trabalhadores de R$ 80,00 feita pelo TST, alegando que comprometeria o caixa da empresa. A oferta dos Correios era apenas de reajuste de 5,2%. “A ECT empurrou os trabalhadores para a greve. A categoria está irritada com os Correios”, disse Dorta.

 

Sindicatos e estados que já entraram em greve:

Região Nordeste: SINTECT-PB, SINTECT-PE, SINTECT-RN, SINTECT-PI, SINTECT-SE, SINTECT-AL, SINTECT-CE;

Região norte: SINTECT-PA, SINTECT-AM;

Região centro oeste: SINTECT-DF, SINTECT-TO, SINTECT-MT, SINTECT-GO;

Região sudeste: SINTECT-MG, SINTECT-RJ;

Região de SP : SINTECT-SP, SINTECT-CAS, SINTECT-VP, SINTECT-BRU,SINTECT-SJO;

Região Sul: SINTECT-PR, SINTECT-SC, SINTECT-RS.

 

 

 

Com informações da CSP-Conlutas e A tarde/Uol.

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