Os trabalhadores foram às ruas dizer que não irão pagar a conta gerada pela crise econômica mundial. O governo da presidente Dilma recebeu o recado dos servidores públicos dos mais diversos setores e estudantes, uma demonstração de unidade e disposição dos SPf’s para o enfrentamento que se anuncia.
A plenária dos federias, realizada na parte da tarde, aprovou a deflagração da greve a partir do dia 11 de junho.
“A responsabilidade do movimento grevista que está sendo construído é dos governantes que se recusam a negociar”, falou o representante da CSP-Conlutas, Paulo Barela, ao comentar o resultado da reunião com o secretário executivo do ministério do planejamento, orçamento e gestão, Walter Correia.
A força da mobilização, realizada sob o sol escaldante de Brasília, conseguiu que uma comissão fosse recebida por Correia para discutir a pauta de reivindicação da categoria. Mas o secretário foi enfático ao dizer que Sergio Mendonça é quem negociará com os servidores.
As entidades cobraram que em oito reuniões, nenhum ponto foi objetivamente negociado. Os trabalhadores fizeram sua parte: Apresentaram números, inclusive o impacto que o aumento linear teria na folha de pagamento. E esperam uma contraproposta.
“Não queremos chegar ao final do espetáculo como coadjuvantes”, afirmou Barela, se referindo aos vários atores que disputam uma fatia do orçamento da união. E a distribuição não tem sido justa, enquanto para o pagamento da dívida pública é destinado 47% da união, os servidores ficam migalhas.
A plenária ainda aprovou um calendário de mobilizações para os próximos dias:
11 de junho – Início do movimento paredista em diversos setores
20 de junho – Adesão dos SPF’s na marcha da cúpula dos povos.