Os técnicos administrativos em educação (TAEs) das Universidades e Institutos Federais em todo o Brasil, na vanguarda, deram a largada na greve por recomposição salarial e valorização das instituições públicas de ensino superior.
A greve é um instrumento legítimo de luta dos servidores públicos, diante da falta de avanço nas negociações com o governo Lula, que não ofereceu qualquer tipo de reajuste para 2024 e recomposição de benefícios apenas em maio.
Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), ocorrida em 28/02, diante da falta de resposta por parte do governo, as entidades nacionais do funcionalismo chegaram a apresentar uma nova contraproposta com redução do pedido do reajuste linear, mas não houve diálogo. E, a próxima rodada de negociação da MNNP, ainda sem data definida, está prevista apenas para junho, ou seja, no meio do ano.
Além de não recompor as perdas salariais, neste ano, o governo deu uma tesourada de R$380 milhões nas universidades. Diversas delas publicaram notas em que expõem a possibilidade de fechar os portões por falta de recursos.
A categoria dos TAEs é a maior do Executivo federal e está de braços cruzados em quase 60 unidades de educação. Sua greve fortalece a luta de todo o funcionalismo público federal.
Neste sentido, o Sindsef-SP apoia a mobilização, exige que o governo Lula atenda imediatamente as reivindicações dos trabalhadores e faz um chamado à sua base para se engajar ainda mais na luta pela recomposição salarial já.