Está chegando o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e Trabalhadoras, uma data para levantar bandeiras contra a exploração e a opressão. Reafirmando a independência da classe trabalhadora diante dos governos e patrões, na capital, o Sindsef-SP vai se somar ao 1º de Maio Classista, de Luta e Internacionalista às 9h, na Praça da Sé, em São Paulo. Verifique os atos em sua cidade.
Além do Sindsef-SP, esse ato contará com a participação da CSP-Conlutas, a Pastoral Operária, Sintrajud, Luta Popular, sindicatos dos Metalúrgicos e Químicos do Vale do Paraíba e outros. Tais entidades e movimentos combativos não vão participar do ato festivo das outras centrais sindicais no Vale do Anhangabaú por entenderem que não lhes cabe o papel de subir no palanque com governantes e empresários.
Mesmo que o governo Lula se diferencie do governo Bolsonaro, tem como limitação uma política submissa aos interesses do Capital. Exemplos disso são o aumento real de apenas 1,38% no valor do salário-mínimo e os 9% de reajuste aos servidores do Executivo (que amargam perdas de até 60%), a não alteração estrutural da política de reajustes no preço dos combustíveis, nem qualquer controle sobre o preço dos alimentos.
Se, por um lado, os 100 primeiros dias de Lula/Alckmin foram marcados por medidas que retomam liberdades democráticas, direitos humanos e políticas sociais no país; por outro, mostraram conivência com processos de privatizações, como no caso do Metrô de Belo Horizonte (MG); negação da revogação completa das reformas Trabalhista, Previdenciária e do Ensino Médio; e manutenção da lógica perversa de colocar o orçamento do país a serviço da garantia do superávit primário e da Dívida Pública.
Apesar disso, a maioria das centrais sindicais convidaram o presidente Lula e o governador do estado de São Paulo, o bolsonarista Tarcísio de Freitas, para uma festa no Vale do Anhangabaú. A CSP-Conlutas – central sindical que o Sindsef-SP é filiado – não concorda com isso e continuará com sua tradicional postura de promover e participar de atos classistas e independentes no 1º de maio.